Como construir uma música genial

Achei aqui. Fantástico, não? Clique na imagem pra ficar grande.

Adendo: lua cheia 100% neste momento. Que lindo...

Maratona Brightmaniana da semana passada

Como MUITA coisa aconteceu na última semana, vou contar tudo num ritmo meio "rossiniano" - entenda-se por "frenético":

Dia 17 de manhã buscamos o Bill no aeroporto e a Anna Lia me ajudou a fazer um baita almoço bem brasileiro e quando chegou a noite fomos ao Bar Brahma ouvir um sambão na voz da Dona Duda comemos pasteizinhos coisa que o Bill nunca tinha comido. Eeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee no dia seguinte teve reencontro de fãs da Sarah Brightman na "Chácara da Sarah" onde o Fernando e o Rick sempre nos recebe muito bem curtimos dançamos teve sorteio e vimos coisas raras da Sarah eu cantei com o Dannilu na frente de pessoas queridas que há muitos anos não via coisa que eu nunca havia feito chorei feito bebê. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah na segunda o Bill foi para o hotel e passear com a Márcia que está magra e linda e ajudou a equipe da Sarah nos shows no Brasil foram comer no Vento Haragano que é caro mas é fantástico e depois levei o Bill para ver um ensaio da ópera que foi muito divertido exagerei na interpretação e ficou meio caricato mas agora equilibrei. Noooooooooooooooooooooooooooooo dia seguinte fui trabalhar e em seguida teve o primeiro show da Sarah que foi fabuloso pra variar chorei que nem bebê e teve repeteco na quarta feira mesmo dia em que o Bill foi andar sozinho pelo centro de Sampa e amou a Catedral da Sé aí mais um dia passou e ele foi almoçar com a Elô pessoa fofa que ele amou de paixão. Iiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiih quase me esqueço que essa semana terminou com uma breve viagem ao Rio de Janeiro que continua lindo pra ver a Sarah e conhece-la no backstage do show e levar o meu amigo no Corcovado e ver os olhinhos dele brilhaaaaaaaaaaaaaarem, brilhaaaaaaaaaaaaarem, brilhaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaarem ao veeeeeeeeeeer ooooooooooooo Cristo!

(pausa para respiro)

Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaah, siiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!

(fim da ária rossiniana)

Num teatro próximo...

Clique na imagem para melhor resolução

OUÇA O CLIMA

Está chegando... em breve, num teatro perto de você!

(Maiores informações logo, logo!!!)

Sylvia Plath

Uma das melhores descobertas poéticas que eu já fiz, graças a minha professora e amiga, Andréa Kogan.

Lady Lazarus

I have done it again.
One year in every ten
I manage it-----

A sort of walking miracle, my skin
Bright as a Nazi lampshade,
My right foot

A paperweight,
My featureless, fine
Jew linen.

Peel off the napkin
O my enemy.
Do I terrify?-------

The nose, the eye pits, the full set of teeth?
The sour breath
Will vanish in a day.

Soon, soon the flesh
The grave cave ate will be
At home on me

And I a smiling woman.
I am only thirty.
And like the cat I have nine times to die.

This is Number Three.
What a trash
To annihilate each decade.

What a million filaments.
The Peanut-crunching crowd
Shoves in to see

Them unwrap me hand in foot ------
The big strip tease.
Gentleman , ladies

These are my hands
My knees.
I may be skin and bone,

Nevertheless, I am the same, identical woman.
The first time it happened I was ten.
It was an accident.

The second time I meant
To last it out and not come back at all.
I rocked shut

As a seashell.
They had to call and call
And pick the worms off me like sticky pearls.

Dying
Is an art, like everything else.
I do it exceptionally well.

I do it so it feels like hell.
I do it so it feels real.
I guess you could say I've a call.

It's easy enough to do it in a cell.
It's easy enough to do it and stay put.
It's the theatrical

Comeback in broad day
To the same place, the same face, the same brute
Amused shout:

'A miracle!'
That knocks me out.
There is a charge

For the eyeing my scars, there is a charge
For the hearing of my heart---
It really goes.

And there is a charge, a very large charge
For a word or a touch
Or a bit of blood

Or a piece of my hair on my clothes.
So, so, Herr Doktor.
So, Herr Enemy.

I am your opus,
I am your valuable,
The pure gold baby

That melts to a shriek.
I turn and burn.
Do not think I underestimate your great concern.

Ash, ash---
You poke and stir.
Flesh, bone, there is nothing there----

A cake of soap,
A wedding ring,
A gold filling.

Herr God, Herr Lucifer
Beware
Beware.

Out of the ash
I rise with my red hair
And I eat men like air.

Primeira apresentação oficial do GEO

Formatura da nossa pianista querida, Talita Braga. Não vou dizer nada, só mostrar a felicidade do pessoal! Pena que não fomos todos!

Na foto: A "chefa" Eloísa Baldin, Barbarina-Cintia Cunha, Susanna-Denise Yamaoka, Fígaro-Marcos Fernandes, Barbarina2-eu, a Formada!, Marcelina-Angela Calderazzo, Il Conte-Daniel Marchi, La Contessa-Marcia Malaquias.

Você acredita em fada-madrinha?

Eu não. Só nas dos desenhos da Disney, porque elas estão lá desenhadinhas e cantando "Bibbidi-Bobbidi-Boo"!

Aí veja só o que acontece: você é meio que uma "Gata Borralheira", e cai de pára-quedas uma pessoa na sua vida. Por um acaso ela calha de morar a 15 minutos da sua casa, e concede uma "entrevista" depois de uma breve conversa ao telefone. A voz forte e bonita, imponente, impressiona do outro lado da linha, e você fica meio acuada, mas vai.

Ao chegar, a figura igualmente bela e imponente lhe recebe. Ai, minha nossa, em que essa Borralheira foi se meter? Melhor sair correndo... ah, já estou aqui, seja o que Deus quiser. A conversa flui, e aquela figura aos poucos vai se mostrando de uma ternura enorme. "Eu sei que você está nervosa, não se preocupa, eu só quero te ouvir um pouco". E a Borralheira foi miraculosamente aceita como pupila.

Depois de um tempo de convivência, entre conquistas (muitas), trabalho árduo, crises de baixa auto-estima incrivelmente apaziguadas, a gente percebe que na realidade não existem fadas-madrinhas, mas sim Madrinhas-Fadas.

Porque me acolheu com toda a ternura. Porque me dá bronca sempre que eu realmente me sinto uma "Gata Borralheira". Porque se diz orgulhosa de mim quando supero um obstáculo, mesmo sabendo que isso é resultado do trabalho de ambas. Porque é sincera comigo. Porque se preocupa. Porque eu a tenho no coração como tutora e amiga.

Eloísa Baldin, agradeço todos os dias por ter você nessa vida! Minha Madrinha-Fada!

Altamente recomendável

OUTRA DO FALSÁRIO

Pra quem é fã da sétima arte! =)

Ondas de esperança (como diria a Andréa)

E então o dia nasceu bonino, nasceu feliz. Não importa que o sol não esteja escaldante e o céu num azul maravilhoso. Hoje o dia nasceu supercaliphragilisticexpialidoucius, como diria Mary Poppins!

Não sei, tenho esses espasmos de alegria de vez em quando. É bom, né? Dá uma sensação esperançosa sobre a vida pesada, densa e cheia de preocupações não-criadas por nós que a gente leva. Todo mundo, não estou falando de mim.

Hoje eu queria estar em NYC. Em plena Times Square, sem Naked Cowboy, como se aquele espaço fosse meu. Girando e cantarolando. Exatamente como me senti quando estive lá pela primeira vez há quase um ano atrás. Alegre, muito alegre, e cheia de esperança. O dia estava como hoje: bonito e feliz. Saudade.

Today's the day to go for a ride. Giu, thanks for that! =)

And let the sunshine in through the clouds!

Life is full of surprises...

Vejam só o e-mail que recebi hoje:

"Olá Mariana!

Vamos à história.

Primeiro, nunca nos conhecemos.

Antes de tudo, meu nome é Augusto e moro em Campina Grande na Paraíba, trabalho em uma multinacional para um ramo americano de nossa empresa na área de finanças. Estava trabalhando no headquaters de nossa empresa em Fort Mill, SC durante o mês de Novembro. Apesar de já ter morado nos EUA por alguns anos e ter voltado algumas vezes para lá, nunca havia conhecido NYC. Decidi que iria durante o feriado do Thanksgivng e sozinho visto que meus colegas de trabalho já haviam programado viagens para diferentes partes, Los Angeles e Las Vegas. Apesar de estar só, decidi ir assim mesmo. De Charlotte, NC peguei um voo para La Guardia e fiquei hospedado no The Gershwin Hotel. Acho incrível como algumas coisas acontecem em nossas vidas porque em algum lugar de NYC nossas vidas se cruzaram sem percebermos. Agora que você me disse que também ficou no Gershwin, não sei mais o que aconteceu, mas vamos aos fatos.

Estava andando na Time Square quando pensei que minha mochila estava aberta, visto que sentia alguma coisa batendo em mim e logo parei preocupado que alguma coisa estivesse caindo. Nesse momento, percebi um caderno verde e rosa que nunca havia visto na vida, pendurado, quase caindo do zíper da minha mochila. Abri e vi que se tratava de uma brasileira e lembro que no mesmo momento ri com a coincidência... Das milhares de pessoas que passam por NYC, sua caderneta veio parar logo comigo, outro brasileiro. Passei o dia rindo com o acontecimento. Como você falou que estava no mesmo hotel, o mais provável é que sua caderneta tenha grudado em minha mochila no Gershwin, mas prefiro acreditar que nos batemos em algum lugar em NYC e foi assim que sua caderneta veio parar na minha mochila. Guardei a caderneta e como vi um endereço na caderneta, resolvi que enviaria de volta assim que chegasse ao Brasil dizendo: ENCONTREI ESTA CADERNETA PENDURADA NA MINHA MOCHILA EM TIMES SQUARE, NYC, mas nunca o fiz. E acredito que você conheça a crueldade do tempo e como ele escraviza ao ponto de não termos tempo para irmos aos Correios. Bem, o tempo passou e eu esqueci a caderneta em algum lugar de minha casa até ontem quando a reencontrei e decidi que iria devolvê-la. Antes de tudo, é claro que fiz um busca no Orkut e entre uma coisa e outra, essa pesquisa me levou ao seu blog. Pois bem, gostaria de devolvê-la, mas preciso de um endereço.

Sds,

Augusto Filho"

Fiquei sem palavras... e muito contente! =) Eu conto pra vocês quando a caderneta viajante retornar à casa! Achei incrível a história, e agradeci muito o fato da cadernetinha ter ficado nas mãos de um conterrâneo muito legal!

Obrigada, Augusto! Sem mesmo saber, você fez partes de um dos momentos mais felizes da minha vida, que foi essa viagem à NYC!!!

Peço paz

No ritmo de marchinhas, mas com aquela pinçada no peito:

Bandeira branca amor
Não posso mais
Pela saudade que me invade
Eu peço paz

Saudade mau de amor, de amor
Saudade dor que dói demais
Vem meu amor
Bandeira branca, eu peço paz

Distúrbio bipolar do dia

Eu amo a Sarah Brightman. Mas odeio o quanto meu bolso sofre por conta disso.

Eu ODEIO o Bradesco. Por N motivos.

Eu amo saber que posso contar com meus amigos pra tudo. Mas odeio saber que às vezes não demonstro como deveria, apesar do sentimento aqui dentro.

Eu odeio esperar, e essa minha ansiedade um dia ainda me mata. Apesar de ter sido agraciada com o dom da paciência (mesmo que disfarçada).

Eu amo "Crime e castigo". Mas quero terminar logo.

Eu odeio saber que a "Twilight Saga" vai acabar. Mas é bom saber que ainda me resta um livro pra ler!

Eu amo trabalhar e tentar superar barreiras, desafios. Mesmo cansada.

E eu repito: ODEIO o Bradesco. Por N motivos.

Hiato

Quase não postei aqui esse mês. Bem, quase não sentei ao computador esse mês, a não ser o do trabalho (bloqueado para qualquer outra coisa que não seja relacionada a ele).

Mas resumindo, o mês tem sido ótimo. Cansativo, mas muito produtivo, o que sempre incentiva. Incentiva tanto quanto um bom, como tem sido cantar com um mínimo de decência a genialíssima "Le nozze di Figaro".

Agora é a nossa vez!!!

E não é que o GEO, Grupo Experimental de Ópera (do qual eu orgulhosamente faço parte) está indo de vento em popa? Já temos compromissos para o fim do ano, e nossa querida e talentosíssima correpetidora Talita nos convidou para cantar em seu recital de formatura na Escola Municipal de Música, em setembro. O repertório, até o momento, vai ser "Aprite, presto, aprite", "Canzonetta sull'aria" e "Gente, gente, all'armi all'armi", todas da ópera "As bodas de Fígaro" de Mozart. Tive a honra de ser escolhida para cantar o dueto "Canzonetta sull'aria"!!! =)

Assim que eu tiver mais detalhes (data certa, horário, se será aberto ao público) posto aqui, okay?

Façam fezinha por nós, meus poucos (e queridos) seguidores!!! O GEO vem chegando, e chegando pra arrasar!!!

(Kiri Te Kanawa, Contessa & Ileana Cotrubas, Susanna - "Canzonetta sull'aria")

P. S.: HAPPY BIRTHDAY, SARAH BRIGHTMAN, MY ANGEL OF MUSIC!!! =)

Here we go again... OMFG!!!

Bill & Mari, Madison Square Garden, NYC - 23/11/2008

E agora a história vira de lado: meu querido amigo Bill, que no último Novembro me acolheu em sua casa em Haverhill, perto de Boston, está com viagem marcada para conhecer minha querida Sampa em Outubro!!!

E na mesma semana, algo inédito acontecerá: SARAH BRIGHTMAN estará na cidade também para dois shows!!! É como reviver os bons momentos que passei na viagem da minha vida (até agora), assistir à Sarah acompanhada do amigo que amo tanto!!! De novo!!! E dessa vez ao lado dos meus queridos que não puderam se aventurar em terras yankees comigo: Anna Lia Linda e Dannilu!!!

CHEGA OUTUBRO, CHEGA!!! *ansiedade ao cubo*

Sarah Brightman, Boston MA - 24/11/2008

Viagem pela alma de um "monstro", o fim.

Terminei o "Frankenstein".

Não digo nada. Somente que LEIAM a versão original.

"Quem é o monstro... e o homem, quem é?"

A primeira semana

Começar uma jornada nova de trabalho nunca é lá muito fácil. Mas quando o ambiente e os novos colegas são muito bons e acolhedores, e os encargos desafiantes, parece que tudo se torna mais fácil. Até a "peregrinação" de uma hora e meia, um metrô e dois ônibus, de ida e volta.

Depois de uma semana, só posso dizer que foi muito cansativo. E muito positivo. Agora que chega o final de semana, é hora de descansar, colocar um Placido Domingo "light" cantando "Manhã de carnaval" (vide post no Blog do Falsário) e me preparar para a jornada da próxima semana.

P. S. especial para a Nati Lopes: Eu não esqueci do meu compromisso com seu blog, mi amor!!! Esse sábado vou preparar a primeira parte do que te prometi. =)

Self-indulgence

Presentinho de retorno ao mercado de trabalho... uma obra que não podia faltar na minha coleção! =)


Vou ouvir "Les tringles des sistres tintaient (Chanson Bohème)" até morreeeeeeeeeeeeeeeeeeeer!!!

Tra la la la
tra la la la
tra la la la
tra la la la la la la la.
Sur ce refrain les Bohémiennes dansent.

Back in the game!

E já disse Guilherme Arantes, e muito bem cantou Elis:

"Vivendo e aprendendo a jogar
Vivendo e aprendendo a jogar
Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo
Mas aprendendo a jogar

Água mole em pedra dura
Mais vale que dois voando
Se eu nascesse assim pra lua
Não estaria trabalhando..."

Contente por sentir a Roda da Vida girar, finalmente. =)

Auto-propaganda (ou quase)

Eu não acredito que ainda não fiz propaganda do blog para o qual fui muito gentilmente convidada a colaborar pelo meu amigo e dono da jóia rara, sr. Falsário Chicote (o da foto acima):

O criminoso sempre retorna ao local do crime

Como diz a mensagem de introdução do blog:

Este blog tem caráter estritamente cultural. Nosso propósito nunca foi e nem será o de comercializar o prazer em ouvir música, mas difundi-lo e compartilha-lo.

Música clássica para todos os gostos!!! Muita coisa bonita para alegrar seu dia!!!

Aproveitem! Já tem gente do mundo todo aproveitando! =)

Viagem pela alma de um "monstro"

Eu tenho (assim como muita gente, vide comentário da minha amiga Andréa aqui) o hábito não sei se muito saudável de ler vários livros ao mesmo tempo. Agora são quatro.

E desde março desde ano, para ser mais exata, estou lendo beeeeeeem devagarinho o original de "Frankenstein" de Mary Shelley, que é o primeiro dessa "leva". Incrível pensar que a autora tinha apenas 18 anos quando começou a escreve-lo. É como se ela conhecesse a fundo a alma dos homens, conhecesse mesmo.

No desenrolar dos acontecimentos essa alma é exposta, em diversas maneiras através de todos os personagens, de maneira que chega a ser dolorido na gente. O livro começa em uma jornada gelada, na qual Victor Frankenstein é encontrado por um explorador. Victor se propõe a contar sua própria jornada, da infância de um garoto curioso à juventude do ávido estudioso das ciências, do criador ao escravo.

Não terminei ainda o livro - é o tipo de narrativa que você tem que sentar e ler com toda a sua atenção, para que nenhum detalhe ou palavra seja perdido - mas a frase que mais me impressionou até agora foi justamente da criatura de Victor. E acho que ela se expressou melhor qualquer ser humano da narrativa, ou melhor dizendo, expressou melhor o que qualquer ser humano tentaria em vão - e Mary Shelley conseguiu:

"Of what a strange nature is knowledge! It clings to the mind, when it has once seized to it, like a lichen to the rock. I wished sometimes to shake off all thought and feeling; but I learned that there was but one means to overcome the sensation of pain, and that was death - a state which I feared yet did not understand."

Michael, Jermaine e Chaplin

Tive que postar isso. Espero que não retirem do You Tube...

"Smile" foi escrita por Charles Chaplin, e era a música favorita de Michael Jackson. O irmão, Jermaine, não poderia ter feito mais bela homenagem:

http://www.youtube.com/watch?v=EG_FBnomx2U

Smile,
Tough your heart is aching
Smile,
Even though it's breaking,
When there are clouds in the sky, you'll get by
If you smile
Through your fears and sorrow, smile
And maybe tomorrow
You'll see the sun come shining through for you.
Light up your face with gladness,
Hide ev'ry trace of sadness,
Altho' a tear may be ever so near,
That's the time you must keep on trying,
Smile,
What's the use of crying,
You'll find that life is still worhwhile,
If you just smile.

Voltei

Campos do Jordão foi ótimo. A abertura do Festival Internacional de Inverno foi linda. Estava tudo muito bom. Pena ter que voltar tão cedo para a realidade... quatro dias não são nada. Definitivamente.

Tirei poucas fotos, precisava tanto descansar e não pensar em nada que nem prestei muita atenção nisso... o que gera a conseqüente realidade de ter que voltar pra lá logo. O Recanto São Cristóvão, onde me hospedei, é um lugar lindo, encravado no meio da serra há poucos metros da entrada da cidade. Parece algo fora do tempo e do espaço em que estamos. Exatamente a "fenda dimensional" que alguém precisa quando está esgotado, física e mentalmente.

Uma foto pra ficar com água na boca e vontade de voltar.

Mais homenagens a Michael Jackson

AMADO MICHAEL (extraído daqui)
(Tom Zé)

Negro da luz que desbota branco
Tanto talento tormento tanto
Tanta afronta de pouca monta.

Eia! virtudes em farta ceia
Todo encanto que pode o canto
Toda fiança que adoça a dança.

Que deus nos furta vida tão curta?
Mundo lamenta: ele mal cinquenta!
A ninguém ilude essa bruxa rude.
Paroxismo desse Narciso
Que achou desgosto no próprio rosto
E apedrejou-se com faca e foice.

Avança a rua (uma dor que dança)
E em seus telhados mandibulados
Requebra os hinos do dançarino.
Niños, rapazes, se sentem azes
Herdeiros todos e seus parceiros
Revelam parque, porto e favela.

II

Da Grécia três te trouxeram Graças
Arcas repletas de belas artes
Arcas que deram ciúme às Parcas.

Que luz trarias tu, mitologia,
Para um tal desatino de destino
Que o espandongado toma por fado?

Porque o povo grego disse que
Se a hybris o herói consigo quis,
Se condiz ao lado dela ser feliz
Ele mesmo será pão e maldição
Enquanto gera para os olhos de Megera.

E esta, feita por Maurício de Sousa, seu irmão Márcio e seu filho Chico Bento:

Botando o pezinho na estrada...

Depois de um longo e tenebroso outono, é hora - finalmente - de curtir o friozinho da melhor época do ano. E em 2009 vai ter direito a passagem por Campos do Jordão e abertura do Festival de Inverno no sábado à noite, graças a minha amiga-irmã-companheira de aventuras Juliane!!!

Estou agitada!!! A mala já começou a ser feita - com as dicas de moda da minha queriiiiiiida Nati Lopes, que trabalhou comigo e eu morro de saudades - maquiagem selecionada, máquina fotográfica preparada, enfim... tudo quase pronto pra botar o pé na estrada. E bem cedinho na quinta-feira chego em Campos.

Ah, que delícia... tomar café na estrada, vestir um casaco quente, andar por aquelas ruazinhas cheias de gente bonita, ouvir boa música, comer um fondue com vinho, passear de trem, visitar o Palácio da Boa Vista (com a esperança de NÃO VER o governador por lá)...

... e lá vamos nós!!!

P. S. muito contente: Hoje eu fui a uma audição para entrar para o NUO - Núcleo Universitário de Ópera, daqui de São Paulo. Fui aprovada para entrar no coro do próximo projeto deles, para o fim do ano, uma operetta de Gilbert e Sullivan!!! Os ensaios começam em agosto!!!

HIStory, my story

Desde que nasci vivi rodeada de música por todos os lados. Meus pais são bons apreciadores de diversos estilos. Quando era bem criança, eles me compravam LPs (sim, eu peguei a fase dos LPs!) de música infantil, de histórias, e eu ouvia deles, desde Yes e Pink Floyd até Chico Buarque, Ednardo e Elis Regina.

O primeiro LP que eu me lembro de escolher sozinha, que peguei nas mãos e falei "eu quero levar esse", foi o álbum "Dangerous" do Michael Jackson. Já havia aprendido a colocar o LP na vitrola e passava muito tempo ouvindo-o. Minha irmã e eu ficávamos horas descobrindo coisas interessantes na capa.

Quando nós ganhamos nosso primeiro aparelho que tocava CD, meu pai nos deu o álbum "HIStory", que também ouvíamos muito.

É fascinante pensar que, mesmo sem eu perceber, Michael Jackson fez parte de um bom pedaço da minha vida, como faz parte da vida do resto do mundo desde a década de 70. E é estranho como seu falecimento me deixou chocada. Sua pessoa foi exatamente o contrário de sua Arte, à exceção do fato de que ninguém fica "imune" ou indiferente nem a um, nem a outro.

Acredito que nessa vida foi a primeira vez que passei pela experiência de ver um Gênio morrer na Terra, e perceber como o seu legado o mantém vivo pela eternidade. Espero que agora, o "menino-homem" - como descreveu-o Paul McCartney - possa ficar em paz e por fim feliz, vendo o quanto de bom ele fez e o quão bom ele foi.

Lamento que a sina dele tenha sido a mesma de todos os Gênios: passar pela glória, mas também pela incompreensão dos tolos, pelo sofrimento dos sensíveis e pela morte prematura.

Cantiga de amor trovadoresca

Um dia, ele chegou tão diferente do seu jeito de sempre chegar
Olhou-a de um jeito muito mais quente do que sempre costumava olhar
E não maldisse a vida tanto quanto era seu jeito de sempre falar
E nem deixou-a só num canto, pra seu grande espanto, convidou-a pra rodar
E então ela se fez bonita como há muito tempo não queria ousar
Com seu vestido decotado cheirando a guardado de tanto esperar
Depois os dois deram-se os braços como há muito tempo não se usava dar
E cheios de ternura e graça, foram para a praça e começaram a se abraçar
E ali dançaram tanta dança que a vizinhança toda despertou
E foi tanta felicidade que toda cidade se iluminou
E foram tantos beijos loucos, tantos gritos roucos como não se ouvia mais
Que o mundo compreendeu
E o dia amanheceu
Em paz

Ciao, bello!

Dannilu, meu querido TUDO, vai amanhã para a Itália cantar. Nem sabe direito quando volta. Que ele receba todo o reconhecimento que merece por sua Arte, sua Voz e sua Pessoa. Muita sorte e muita luz.

Hoje ele fez um show de despedida para os amigos. Acho que foi o show mais lindo que ele já fez - e eu já vi muitos. Realmente emocionante, e cheio de surpresas (como o fato de eu ter sido chamada para cantar "Pie Jesu" sem nenhum aviso prévio). Mas ainda assim fiz questão de fazer uma humilde homenagem a ele, cantando uma embargada por lágrimas "Se todos fossem iguais a você".

Realmente, se todos tivessem uma pitadinha da bondade e humanidade que este meu querido TUDO tem, ah que maravilha viver!!!

Vou sentir saudades. Mas ele volta. =)

Ich liebe Karajan (2)

Só pra vocês ouvirem do que estou falando no outro post:

Ich liebe Karajan

Dia dos namorados. Saio para a acupuntura, depois encontro com uma amiga às 15h para bater um papo. O namorado dela, também meu amigo, chega pra bater papo junto. Mais tarde eles vão jantar e pegar um cineminha, assistir ao Marcello Mastroianni - programa perfeito para um casal que é a coisa mais linda. E eu fico na livraria, meu pequeno parque de diversões, meu "quarto". E ando, e ando, e dez minutos antes de fechar, quase 22h, resolvi que iria dar-me um presente de dia dos namorados.

Voltei no tempo, aos meus oito anos de idade, quando bati o olho num dvd da Nona sinfonia de Beethoven regida pelo maestro Herbert von Karajan. Essa sinfonia foi a trilha sonora da minha primeira (de muitas) visitas ao Theatro Municipal de São Paulo, meu amor-maior nessa cidade. Não hesitei em estender a mão à gôndola e pegar o dvd.

Cheguei em casa, coloquei o pijama e liguei o home-theatre. Sentei sozinha na sala, e então estava em Berlim, na Philharmonie, assistindo à entrada do maestro Karajan. Um movimento de mãos, e como Poseidon ele fazia agitar, acalmar e fluir a cascata de sons composta por Beethoven. Bem, duas genialidades como estas somente poderiam resultar em algo que transcende este mundo.



Não é à toa que a Nona de Beethoven é a sinfonia mais popular do mundo, e ainda assim, uma das mais brilhantes, se não A mais. Acredito que o Compositor ficaria feliz em ouvir sua obra-prima ser trabalhada por um dos Maestros mais geniais que já passaram pela Terra.

Poética

Queria colocar alguma coisa de poesia aqui. Não que nunca tenha colocado, ao contrário, se você olhar aí pra baixo (e nos arquivos, que nunca ninguém olha, que eu sei) vai ver desde Vinícius a baladas de rua irlandesas, de Ana Pavlova a Pilolobus... mas poesia, escrita e trabalhada por um poeta propriamente dito, não sei se já passou pelas bandas deste blog.

Então vou colocar aqui dois poemas do Leminski, coletados aleatoreamente dum livrinho aqui da minha estante:

QUEM SAI AOS SEUS

vozes a mais
vozes a menos
a máquina em vós
que gera provérbios
é a mesma que faz poemas,
somas com vida própria
que podem mais que podemos

***

la vie en close
c'est une autre chose

c'est lui
c'est moi
c'est ça

c'est la vie des choses
qui n'ont pas
un autre choix

Ainda sobre desafios

É, parece que o do dia 21 miou... mas há outros bem maiores pela frente.

Portanto, ainda digo: DON'T STOP ME NOW! Há tanto o que fazer, e agora não posso dizer que há pouco tempo. Ao contrário, há tempo de sobra, e é a hora de dispende-lo com aquilo que eu gosto e me propûs a fazer. Aonde vou chegar? Não sei. Sei que vou até onde as cirscunstâncias permitirem, porque se depender de mim, eu não vou parar!

Desafios pela frente

(Natalie Dessay como Zerbinetta)

Desafios pela frente...

Desafios pela frente...

Desafios pela frente...

... aquecendo os motores até o primeiro, no dia 21! Ueba!!!

And don't stop me now!!!

(P. S.: Nãaaaaaaaaaao, não vou cantar Zerbinetta, hehehe!!!)

Uma estrela pra iluminar o Inverno

Mesmo sendo o Inverno minha estação preferida do ano, quando tudo parece mais bonito, misterioso, místico... essa estrela aqui debaixo saltou aos meus ouvidos hoje, nas vozes incríveis das meninas do grupo brasileiro Mawaca (quem ainda não conhece, deveria).

Gostaria de saber se existe uma boa tradução desta balada irlandesa... esta balada incrivelmente delicada...

THE STAR OF SLANE
balada de rua irlandesa

Ye brilliant muses who ne’er refuses,
But still infuses the poet’s mind.
Your kind sweet favours to his endeavours
That his ardent labours appear sublime.
Preserve my study from growing muddy
My notion’s ready now inspire my brain.
My quill refine as I pan each line
On a nymph divine called the Star of Slane.

In beauteous Spring, when the warblers sing,
And their carols ring through each fragant grove;
Bright Sol did shine, which made me incline;
By the river Boyne for to go to rove,
I was ruminating and meditating
And contemplating as I paced the plain,
When a charming fair one beyond comparing,
Did my heart esnare near the town of Slane.

To praise her beauty then is my duty,
But alas! I’m footy in this noble part,
And to my sorrow, sly Cupid’s arrow
Full deep did burrow in my tender heart;
In pain and trouble yet I will struggle,
Though sadly hobbled by my stupid brain,
Yet backed by Nature I can tell each feature
Of this lovely creature called the Star of Slane.

(eu ainda vou cantar isso...)

Abre teus braços e canta...

... a última esperança, a esperança divina de amar em paz.



Se todos fossem iguais a você
Que maravilha viver
Uma canção pelo ar,
Uma mulher a cantar
Uma cidade a cantar,
A sorrir, a cantar, a pedir
A beleza de amar
Como o sol,
Como a flor,
Como a luz.
Amar sem mentir,
Nem sofrer

Existiria verdade,
Verdade que ninguém vê
Se todos fossem no mundo iguais a você.

(e não é a mais divina esperança, a de amar em paz?)

Dai graças à Vida por ter nos dado Vinícius, Tom e Maysa.

Bicho maldito

O ser humano é, por incrível que pareça, a evolução da forma de vida animal. Teoricamente, ele possui não só o instinto, mas também o raciocínio, a sensibilidade e uma centelha divina que o torna mais próximo de Deus.

Que ele tenha essa centelha divina eu não duvido, muito pelo contrário, acredito piamente. Quanto ao raciocínio e à sensibilidade, bem... há seres e Seres. A maioria pensa que os outros só olham para seus próprios umbigos, quando na realidade são eles quem os estam observando - e julgando - de fora. É difícil achar alguém que não seja hipócrita, que olha para o próprio umbigo e se encara nu na frente do espelho - que medo tem o homem de estar face a face consigo! Quantos Dorians Grays nesse mundinho, meu Deus!

Às vezes, quando a situação atiça meu instinto de auto-preservação tão primitivo, tenho uma vontade louca de levantar e sacodir e estapear esses serezinhos. Mas aí entram o raciocínio e a sensibilidade que não me permitem faze-lo. Não sei se isso é bom ou ruim.

Mas, como "ninguém pode calar dentro em mim essa chama que não vai passar", pelo menos tenho um veículo em que eu possa gritar em caps lock e negrito: EITA, BICHO MALDITO QUE É O HOMEM!

E que Deus me perdoe o uso da palavra "maldito" - Ele sabe o que quero dizer com isso. Meus raciocínios eu divido, mas meus pensamentos são entre nós dois.

Espaço, a fronteira final

Assim, com o título deste post, começa o melhor discurso de abertura duma série de televisão que eu já ouvi. E hoje foi uma experiência e tanto ouvi-la no final do filme que conta o início da saga da U. S. S. Enterprise e seus tripulantes. Essa daqui debaixo:

"Space, the final frontier. These are the voyages of the starship Enterprise. Its five-year mission: to explore strange new worlds, to seek out new life and new civilizations, to boldly go where no man has gone before."

"Espaço, a fronteira final. Estas são as viagens da nave estelar Enterprise, em sua missão de cinco anos para exploração de novos mundos, para pesquisar novas vidas, novas civilizações, audaciosamente indo onde nenhum homem jamais esteve."

Dublagem original da abertura da série clássica

Don Quijote por Elvis Presley

Improvável, sim. Mas incrível e emocionante!

Enjoy!!!



To dream the impossible dream
To fight the unbeatable foe
To bear with unbearable sorrow
To run where the brave dare not go

To right the unrightable wrong
To be pure and chaste from afar
To try when your arms are too weary
The reach the unreachable star

This is my quest, to follow that star
No matter how hopeless,
No matter how far
To fight for the right
Without question or pause
To be willing to march into hell
For a heavenly cause

And I know if I'll only be true
To this glorious quest
That my heart will lie peaceful and calm
When I'm laid to my rest

And the world would be better for this
That one man scorned and covered with scars
Still strove with his last ounce of courage
To reach the unreachable star

Viagens

Irmã e vovó já chegaram ao Cairo. Elas vão ao Museu, às pirâmides e vão jantar num barco no rio Nilo. Depois vão pra Jerusalém e Tel Aviv. "Oh céus, oh vida, oh azar!" - Droopy.

Tô querendo ir pra Araxá, ver se relaxo. Ou algum hotem onde dê pra relaxar sem sair de dentro de lá. Curtir um ambiente clássico, classudo. Tô topando ficar na cúpula do Municipal, inclusive.

Hoje revi o episódio em que o House se induz uma enxaqueca, toma LSD, vê sons, e depois volta ao normal com antidepressivos. Ele é FODA. (eu tenho uma séria paixão platônica pelo Hugh Laurie - pelo Jesse Spencer também, diga-se de passagem - acho que se o visse um dia na rua, ia precisar duma bengala também pra não cair).

(e esse comentário foi completamente irrelevante)

E agora é hora de ler meu recém-comprado livro de contos completos da Virginia Woolf, pra depois sonhar com um "Unwritten novel".

Tchau!

Para os amigos

Em especial, para os dois Brunos, amores de minha vida, Maestrini e Spedo.

Para as meninas, para minhas três irmãs. Para a sempre querida professora, para a Artesã, para a Artista/Maestra. Para o meu Elfo querido, para a "vesga, lerda e louca".



Porque mesmo estando todos no coração, é sempre bom reiterar o quanto amamos nossos amigos.

E nesses 90 minutos de emoção...

... e de alegria, esqueço a casa, o trabalho
a vida fica lá fora
dinheiro fica lá fora
a cama fica lá fora
a mesa fica lá fora
salário fica lá fora
a fome fica lá fora
a comida fica lá fora
a vida fica lá fora
e tudo fica lá fora!
(Elis Regina cantanto no "Trem Azul" é foda!!!)

O namorado da minha irmã é Flamengo. Não é carioca, mas é Flamengo roxo. E nos levou para ver a final do campeonato carioca no "bar do Flamengo" em Sampa. Nunca pensei ver cariocas e paulistas abraçando-se tão sentimentalmente. Estereótipo besta que temos na cabeça, né?

E NUNCA pensei que fosse curtir TANTO um jogo de futebol. Preconceito besta que tenho na cabeça, né?

Tô quase virando Flamenguista, ou pelo menos tô aprendendo quando um gol está impedido ou não.

Taí as fotos de alguns dos 90 minutos de emoção e alegria. Dá pra dizer que não é bom?

(André, Thaís, Bruno e eu)

E agora, José?

Quando não se tem nada o que dizer e a cabeça falha, eis que chegam os amigos para nos ajudar:

Emily Dikinson em PÁGINAS DA RELVA

Mil gracias, Andréa, por dar voz à Emily e ela poder dizer tudo!

P. S.: Se eu soubesse que a casa dela é em Massachusstes, teria dado uma esticadinha até lá... na próxima eu vou!

Inconformidade do dia

Queria que meu cérebro tivesse uma capacidade maior, pra poder ler mais coisas... será que dá pra acoplar um HD e um processador? =P

Por onde andas, meu bem?

"Ando devagar
porque já tive pressa,
levo esse sorriso
porque já chorei demais...
... só levo a certeza
de que muito pouco eu sei.
Nada sei."
(Almir Sater/Renato Teixeira)

Estudando, ouvindo, lendo, ouvindo, lendo... estudando. "Le Nozze di Figaro" vai dar trabalho até o fim do ano... o coral do Grupo Noel também (cantar Tom Jobim em duas vozes não é bolinho!)... Schubert estava inspiradíssimo quando compôs sua Ave Maria, e eu estou tentando achar a minha inspiração pra que eu faça juz a isso.

A palestra-que-virou-bate-papo sobre o Municipal lá na UNICID, na última sexta-feira, foi muito legal, e deu um ânimo nas coisas aqui. As leituras que ando fazendo são ótimas - Ópera à brasileira, Pequena crônica de Ana Madalena Bach, Mary Shelley's Frankenstein, Le marriage de Figaro - tudo junto. Quinta-feira finalmente vou ao sindicato para a homologação.

Enfim, por onde ando? Estou andando, isso é que é bom! =)

(obrigada por perguntar, minha querida Andréa! sem tua pergunta, eu não andaria mais um pouquinho!)

...

Excelente Páscoa, coroada com um oratório fantástico conduzido pela Elô.

E assim que meu estômago permitir, devorarei meu "sour-sweet" ovo Nhá Benta de maracujá que meu pai me deu!!! =)

E amanhã é dia de Opera Studio!!! \o/

E terça é dia de estudar a Ave Maria de Schubert!!! \o/

(que bom que tenho coisas a fazer, senão estaria surtando...)

Desabafo

Primeiro dia inteiro em casa. Quer dizer, com uma saidinha rápida pra comprar ovos de Páscoa com as irmãs.

Dia claro, gostoso, a extração do ciso da quarta-feira não incomoda mais. (Andréa, já podemos marcar nosso café!)

Até que a "tarde triste, noite vem, está descendo"... e eu aqui, sentada na frente do notebook sem nada o que dizer ou fazer. Vou tricotar, ler um livro, ouvir os coros da "Le nozze di Figaro"? Falta vontade.

Eu preciso de um emprego para a minha criatividade e toda a atividade do meu cérebro.

Bellini + Natalie Dessay = ???

Sem palavras. Absurdamente lindo.

***

Ah! non credea mirarti, Amina's aria from "La Sonnambula"

Ah, non credea mirarti
si presto estinto, o fiore;
passasti al par d'amore,
che un giorno sol(o) duro.

Potria novel vigore
il pianto mio recarti
ma ravvivar l'amore
il pianto mio, ah no, non puo.


Oh, I didn't believe to see you
so quickly extinct, o flowers;
you have passed away like love
that one day only lasted.

Perhaps new life
my tears will bring to you
but to revive love
my tears, o no, cannot.

Amadeus

Sempre que eu revejo "Amadeus", filme sobre "a Paixão de Mozart" - com o perdão da comparação - sob a ótica de outro compositor da época, Salieri, fico pensando em diversas coisas.

Os gênios que nos são enviados não vivem muito tempo neste mundinho não-desenvolvido. Este os machucam, os sugam as forças, e ainda assim eles nos deixam um legado tão precioso - e não sei ao certo se merecido - para que sintamos um gostinho do Sublime e queiramos alcança-lo.

No entanto, a inconformidade com nossas próprias limitações pode levar-nos a loucura. E aí entra a questão cuja resposta disse um poeta: "cada um de nós compõe a sua história e cada ser em si carrega o dom de ser capaz de ser feliz".

Música é vida, ainda que seja a única das artes que não a queira imitar, mas sim retratar.



P. S.: Sei que a mensagem parece desconexa, mas como disse, são pensamentos vários... aliás, um que me ocorreu agora: COMO eu gostaria de ter visto nosso ator Raul Cortez interpretando Salieri no palco!!!

Um poeminha para pensar

ASSISTAM E ABSORVAM!

... like the last time...

A pedidos, posto finalmente sobre a última quinta-feira, dia 19 de março de 2009:

LIZA'S IN SÃO PAULO - ou como dizia ela, no palco, "Johnny, estamos em São Paulo!!!" *sorriso do tamanho do mundo*

Sim, ela falou em português, cantou em português, conversou com o público o tempo todo...

- So, when I premiered this show last year at The Palace...
- I WAS THEEEEEEEEEERE!!! *chacoalhando as mãozinhas feito doida*

- You were there? How was it? Was it fun?
- IT WAS WONDERFUL!!!
- Great!!! *sorriso do tamanho do mundo* So...

Sim, a "screaming lady" sou eu. E sim, ela conversou cinco segundos comigo. Foi A GLÓRIA. Agora eu entendo (em menor escala) o que o Paulo Szot sentiu quando recebeu o Tony das mãos dela. A GLÓRIA!

Não preciso dizer o quão emocionante foi todo o show - mesmo que precisasse, não conseguiria. Só sei dizer que a alegria correu tão solta entre risadas e lágrimas que, de acordo com a dona Elaine, "nem se tivesse puxado uns eu estava assim". A coisa foi forte.

It was just... like the last time. And I DO hope there's more to come.


Lyrics | - Maybe this Time lyrics

Where the hell is Matt?

Divulgando por onde eu possa, porque é fantástico (e engraçado)!

Botando a cachola pra funcionar

Voltei a Photoshopar umas imagens... parece que está dando certo.

É uma ótima válvula de escape criativa. =)

(este é só um teaser da fan art enviada para a banda Omega Code, que faz uma música fantástica, confiram no link!)

O Dia do Coringa

E quando tu achas que estás segura, o Coringa começa a rir, gira a tua Roda da Vida e te deixa completamente zonza. Sem chão.

Bem, trata de achar-te um chão! E logo!

Dia da Mulher???

Como repito todos os anos: enquanto a Mulher precisar ter um dia só pra ela, não vai haver igualdade entre gêneros no mundo.

Não vou postar fotos hoje.

Viagem no tempo (não tão longe)...

Voltando a memória para 1996, achei minha irmã toda emocionada desde ontem, quando a febre chamada Backstreet Boys se apresentou aqui em Sampa pela segunda vez. A primeira foi em 2001, e eu estava lá com a Thaís, a mãe, a prima, e as irmãzinhas, vendo-os de looooooooooooonge no estacionamento do Anhembi... adolescência: atribulada, mas é uma delícia de tão divertido lembrar seus bons momentos! =)

P. S.: Tá vendo essa toalha que tá na mão do Howie D.??? Minha irmã pegoooooooou, hahahaha!!! Foda!!! =D

Soprano lírico

(Na foto: Bidú Sayão - soprano lírico, um dos maiores nomes da ópera em sua época, brasileira.)

Sempre que eu volto das aulas da Elô, tenho a verdadeira sensação de que aprendi muito mais do que a técnica e as árias que estamos estudando. Aprendo muito de mim mesma, também, e de mim como [aprendiz de] cantora.

Hoje foi um dia de conversar sobre até onde o cantor pode ou não ir, em que águas pode ou não aventurar-se. E foi o dia em que ouvi, com a maior sinceridade, respeito e carinho do mundo (coisa que só a Elô poderia fazer), que é quase 100% de chance de que serei um soprano lírico, pois a voz é demasiado leve.

Tudo o que eu não queria ouvir, mas que o fiz com atenção e respeito e, tenho de ser sincera, um teco de inconformismo e decepção.

De forma alguma ser soprano lírico é ser "menor", "mais comum". Ao contrário, como todos os demais sopranos, tem a sua beleza especial, característica. Só não é a minha personalidade. Definitivamente.

Talvez seja esse o meu desafio: dar delicadeza aos gritos enormes que tenho dentro de mim.

Just a little prayer

Dante's Prayer

Words and music by Loreena McKennitt

When the dark wood fell before me
And all the paths were overgrown
When the priests of pride say there is no other way
I tilled the sorrows of stone

I did not believe because I could not see
Though you came to me in the night
When the dawn seemed forever lost
You showed me your love in the light of the stars

Cast your eyes on the ocean
Cast your soul to the sea
When the dark night seems endless
Please remember me

Then the mountain rose before me
By the deep well of desire
From the fountain of forgiveness
Beyond the ice and fire

Cast your eyes on the ocean
Cast your soul to the sea
When the dark night seems endless
Please remember me

Though we share this humble path, alone
How fragile is the heart
Oh give these clay feet wings to fly
To touch the face of the stars

Breathe life into this feeble heart
Lift this mortal veil of fear
Take these crumbled hopes, etched with tears
We'll rise above these earthly cares

Cast your eyes on the ocean
Cast your soul to the sea
When the dark night seems endless
Please remember me
Please remember me...

Melhor filme dos últimos anos: "The Reader"

E Kate Winslet é a próxima Meryl Streep, que descende das grandes atrizes do passado... o Cinema NÃO está perdido! Quando eu digo Cinema, não falo dos blockbusters que chegam de balde todos os anos, ou das comédias-românticas (às vezes gostosas, na maioria uma sessão da tarde sem sal e sem açúcar). Falo do que se chama Sétima Arte.

"O leitor" é uma jornada de duas horas, de uma vida, de várias, de milhões. É cruel, é delicado, é cheio de sentimentos - raiva, amor, indignação, compaixão - é complexo, é triste, é forte. A trama é um mosaico em preto, cinza e branco, mas cheio de nuances que só se completa no final, e um dos momentos mais belos se dá com o começo de Tudo: a palavra "The".

Confesso que até entender esse mosaico, vou ter que passar pela experiência mais de uma vez, e digeri-lo não é fácil. Saí da sala de cinema pra tomar meia garrafa de Chianti, pra tentar discutir e analisar alguma coisa. Saí estática, quase catatônica, tamanho o soco no estômago. Ainda assim, um soco até necessário, pra poder perceber que sempre, SEMPRE devo lembrar-me que existe sim alguma coisa de bom (ou pelo menos a vontade) no pior dos seres humanos. Afinal de contas, somos todos seres humanos, um mosaico tão complexo como a trama de "The reader".

Recomendação: "Os inocentes"

Highlight do meu Carnaval de Cinzas: fui à Livraria Cultura procurar um material de canto - que infelizmente não estava disponível. Aí, já que a Cultura é meu parque de diversões predileto, fiquei vagando em meio àquele monte de coisas interessantes que tem pra ver, ouvir, ler e obviamente comprar.

E me deparei com um filme do qual eu havia visto uns trechos há muuuuuuuuuuuuitos anos atrás, e que voltou rapidinho à minha cabeça: "Os inocentes", com a Deborah Kerr - fantástica no papel de Miss Giddens. Baseado no texto "The turn of the screw" de Henry James, com roteiro de William Archibald e (pasmem) TRUMAN CAPOTE, o filme tem uma tensão, morbidez e (por que não?) beleza que quase não se vê mais no cinema. É de 1961, em fotografia incrível em preto e branco.

Pra quem gosta de suspense e temas "sobrenaturais", este é O Filme. Acabou de ser lançado em dvd, e vale MUITO a pena.


P. S.: "The turn of the screw" já virou ópera também pelas mãos do genial Benjamin Britten. Coisa difícil de achar... se alguém souber de alguma coisa, me avisa! =) Thanks!

Carnaval de Cinzas

Esse ano quero fazer do meu Carnaval uma longa Quarta-feira de Cinzas; na calmaria, lânguida, no descanso.

Sentar pra conversar com os amigos. Ver um filme com a minha irmã. Estudar minhas partituras. Ouvir música. Quase dormir na água morna da banheira. Ler. Cuidar um pouquinho de mim.

Sinto em mim
um vazio profundo,
desamor pelo mundo,
sinto falta de mim.

(Poema de Maysa, preservado em seus arquivos)

Cuidar um pouquinho de mim. É bom.

A Paixão segundo Bach

(Rembrandt - 1635/39)

Hoje a aula na casa da Elô foi uma experiência surreal. Cheguei uns 10 minutos atrasada, e ela estava ouvindo e lendo a partitura d"A Paixão segundo S. João", de J. S. Bach com a Elise. Ela vai montar alguns trechos do coral e as árias para a celebração da Páscoa na igreja dela.

Não dá muito pra explicar o que é sentir a Morte através da poesia de melodias como as que ouvi hoje pela primeira vez. Só sei que realmente, é necessário um gênio para transformar a Morte violenta e sofrida em pura beleza e poesia. Tanta beleza e tanta poesia que transcende esse mundinho medíocre em que vivemos hoje e atinge o que quase não se vê mais: o SUBLIME.

(Para quem quiser ler sobre a obra, tem um artigo interessantíssimo neste blog AQUI)

Twitter

Eita coisinha estranha! Pero "es bien"!

Hiato

Hmmm... (quase) totalmente sem idéias. Mas se fosse colocar mais alguma coisa da Maysa o filho dela talvez me processaria, e o pessoal que passa por aqui ia pensar que sou esquizofrênica ou algo do gênero. Mas que culpa tenho eu se somos tão parecidas pra pensar???

Enfim. Recomendo muitíssimo esse post do fantástico blog da amiga Andréa Kogan, "Páginas da Relva", no link AQUI. Esse sim não deixa a gente com hiato na cabeça. Muito pelo contrário: nos deixa cheio de ditongos, encontros e encontros de pensamentos. Vocálicos ou não, aí depende de você.



P. S.: A foto é minha. =)

Soprando a poeira dos cadernos

Ando há muito tempo - muitos anos - sem inspiração pra escrever. Eu escrevia muito há uns anos atrás. Resolvi folhear alguns dos meus textos e esse aqui mexeu um pouco comigo: foi o último. Provavelmente escrito em alguma aula durante a faculdade.

19 de abril de 2005:

Fonte de sangue, caminho de brasas, sussurros na água. Os seis elementos juntos, amalgamados, e você tem o que? Um ser humano que sente.

E eu sinto.

E ouço o som da tua voz; o som rude que fere e machuca e arde e tortura e mata, aos poucos, num rodamoinho ambíguo: é tão cruel quanto prazeroso. Sim, pois dá um prazer incrível ouvir a tua voz dizer a tua verdade - chega a doer. Ah, dói realmente ouvir tua verdade, pois ela é tua, não é a Verdade. Esta nao é encontrada; e quando o é, é tão insuportavelmente bela que nunca se a encara de frente: não somos belos o bastante para Ela. Caminhamos em brasas para não encarar a Verdade. Então nos machucamos com a nossa própria, minúscula.

Com os seis sentidos, ouço cheiro vejo toco provo sinto você pela última vez, até o momento de tornar-me bela - tornar-mos - o bastante para a Verdade. E como uma Medéia enfurecida, mato meus filhos, calo o eco da minha voz. Quero e não quero que Jasão se exploda.

E eu sinto. Jorro sangue, ardo e aqueço, tremulo a água. Calada.

Flor: alguém me dá?

Terça-feira passada eu ganhei um mimo: minha querida Ingrid - cantora, artesã, amiga - me fez uma fadinha:



Ela é a coisa mais linda!!! Me sorri e oferece uma rosa toda vez que acordo e olho pra ela (coisa que, eu acho, sempre é muito gostoso!), mais graciosa e amorosa que qualquer cãozinho que eu pudesse vir a ter. Só que ela não tem nome..!

Olha bem para o sorriso dela: que nome ela tem? Deixa tua sugestão nos comentários!!! =)

(aproveito este post pra colocar mais um poema da Maysa, bem a calhar)

Hoje ganhei flor.
De quem não sei ainda.
Sinceramente, prefiro não saber.

Foi tão bonito,
foi tão diferente,
não tendo nome não sei quem é.

E imagino que seja você,
o meu único "ser feliz".
Se foi você, amor,
obrigada pela lembrança. Se não foi,
obrigada pela esperança, pela ilusão.

Tranqüilidade na voz dum furacão

Maysa - sempre nuance de mim... na calmaria e na tormenta.

Dia de luz, festa de sol
e um barquinho a deslizar
No macio azul do mar.
Tudo é verão e o amor se faz
Num barquinho pelo mar que desliza sem parar
Sem intenção, nossa canção
vai saindo desse mar e o sol
Beija o barco e luz... Dias tão azuis...
Volta do mar, desmaia o sol,
E o barquinho a deslizar,
É a vontade de cantar...
Céu tão azul, ilhas do sul,
E o barquinho é o coração deslizando na canção
Tudo isso é paz, tudo isso traz
Uma calma de verão, e então
O barquinho vai, e a tardinha cai
Volta do mar, desmaia o sol,
E o barquinho a deslizar,
É a vontade de cantar...
Céu tão azul, ilhas do sul,
E o barquinho é o coração deslizando na canção
Tudo isso é paz, tudo isso traz
Uma calma de verão, e então
O barquinho vai, e a tardinha cai
O barquinho vai, e a tardinha cai
O barquinho vai, e a tardinha cai...

Poema roubado do blog da minha amiga

Os primeiros versos do poema "Mirror", de Sylvia Plath:

"I am silver and exact. I have no preconceptions.
Whatever I see I swallow immediately
Just as it is, unmisted by love or dislike.
I am not cruel, only truthful -
The eye of a little god, four-cornered"

Escrito em 23 de outubro de 1961.

BA-LE-LA!