Sunday, February 28, 2010

A sabedoria do ABBA


I don't wanna talk
If it makes you feel sad
And I understand
You've come to shake my hand
I apologize
If it makes you feel bad
Seeing me so tense
No self-confidence
But you see

The winner takes it all
The loser standing small
Beside the victory
That's a destiny

The gods may throw a dice
Their minds as cold as ice
And someone way down here
Loses someone dear
The winner takes it all
The loser has to fall
It's simple and it's plain
Why should I complain

The judges will decide
The likes of me abide
Spectators of the show
Always staying low
The game is on again
A lover or a friend
A big thing or a small
The winner takes it all

Someone dear...
Takes it all...
The loser ...
Has to fall...
Throw a dice...
As cold as ice...
Someone way down here...
Someone dear...
Takes it all...

***

Não quero falar.

Sunday, February 21, 2010

Sobre "Crime e castigo"

(Fiódor Dostoiévski)

Quem me conhece sabe que esse livro já virou uma epopeia pessoal. Deve fazer quase um ano já que tento engatar na leitura. Não sei se é algo com Dostoiévski, porque também tentei ler outras coisas dele que não fluíram como outros autores, mas é uma questão de honra agora terminar a jornada da alma de Raskólnikov com ele.

Esse livro, pela forma como flui, me lembra um tsunami: águas calmas, sempre no mesmo balanço melancólico de ver, pra num piscar de olhos revoltar-se e invadir com ferocidade até a devastação.

Ainda não cheguei na última parte, mas estou no olho do maremoto. E isso é muito bom. Mesmo com essa descrição "cabeluda" que eu dei, quem passa por aqui e nunca leu "Crime e castigo" deveria. Vou finalizar o texto com uma frase do próprio Rodion Raskólnikov, fica aí para matutar:

"tudo está ao alcance do homem e ele deixa isso tudo escapar só por medo..."

Pois é, Ródia. Você eu não deixei escapar.

Saturday, February 20, 2010

Frases casadas


"no amount of fire or freshness can challenge what a man can store up in his ghostly heart" (f. scott fitzgerald)

"a man's face is his autobiography. a woman's face is her work of fiction" (oscar wilde)

Wednesday, February 10, 2010

Sobre vida, morte e devoção com Mozart e Bernstein


No fim da década de 80, Leonard Bernstein (mais conhecido do público geral por sua ópera/musical "West Side Story") resolveu reger o Requiem de Mozart em homenagem a sua falecida esposa. O concerto, dentro de uma igreja ao norte da Alemanha, rendeu uma gravação em vídeo que foi lançada pela Deutsche Grammophon. E Bernstein conseguiu dar vida - para quem já o viu reger, parece que dá sua própria vida - a uma missa dedicada aos mortos.

Estranho falar "Requiem de Mozart"; nos faz matutar se ele compôs para si. Conta a história que ao compor parte do trecho "Lacrimosa" da missa, se pôs a chorar e deixou a partitura de lado, para deixar este mundo na mesma madrugada. O término da composição foi feito por seus alunos.

Acho que realmente não importa.

O que importa é a sensação de êxtase ao ouvir - o que eu passei a considerar - a mais bela composição do mestre, sentir-se fundir com a música. E de repente, parar sem ao mesmo respirar para ouvir o que parece um interminável morendo ao final, e ver Bernstein fazendo uma prece silenciosa, como se fosse o único na igreja lotada, as lágrimas misturando-se ao suor. Todos os olhos voltados para ele, e o som de sinos a badalarem muito ao fundo, trilha sonora delicada para finalizar com perfeição o pranto melódico, o lamento profundo, a prece em forma de música divina.

Não sei bem o que escrever, não sei bem como descrever. Ainda estou presa naquele morendo final...